Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e os Abusos Sexuais,
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Dr. Luís Chincalece
11/18/20243 min read
O abuso sexual pode envolver diversos graus, tipologias e gravidades, sendo que os estudos apontam para que este ocorra, principalmente, no seio familiar nuclear ou alargado e perpetrado por elementos com quem a criança/jovem tem uma relação de confiança. Contudo, como identificar que uma criança está ou foi sujeita comportamentos sexualmente abusivos?
A resposta não é linear nem simples e deve envolver sempre a necessidade de uma avaliação técnica especializada. Nesse sentido, não há apenas um sinal mas um conjunto de indicadores que deve alertar os pais ou os cuidadores.
Um dos primeiros sinais que pode ser observado é uma alteração de comportamento, por exemplo através do evitamento ou da proximidade excessiva, que pode ser em relação ao eventual abusador, em relação a certas situações, atividades ou contextos, sendo que a par destas possíveis alterações, podem também surgir alterações de humor, tristeza ou medo, que as pessoas mais próximas estranham.
Outro sinal que pode sugerir a exposição ou sujeição a comportamentos abusivos é a regressão, isto é, o retorno de comportamentos infantis que a criança já tinha abandonado, como por exemplo perda de controlo dos esfíncteres. Observa-se também que as crianças vítimas de abuso sexual tendem a ter segredos ou silêncios que não são típicos, ainda que seja fundamental que a leitura destes fatores seja efetuado por um técnico profissional e habilitado, até para não ter o efeito de reprimir ainda mais as vivências da criança/jovem.
ARTIGO DESENVOLVIDO POR
Dr. Luís Chincalece
Observamos que uma vítima de abuso sexual apresenta alterações de hábitos, que podem ser vistas como repentinas ou graduais, mas que podem envolver dificuldades para manter os mesmos níveis de concentração na escola, problemas de sono, recusas alimentares e/ou mudanças na sua apresentação e forma de vestir, sendo que estas últimas por vezes servem uma função de proteção contra a figura do abusador.
Outros fatores que podem ser sugestivos de abuso sexual prendem-se com o surgimento da sexualidade, que pode assumir a forma de brincadeiras não verbais ou de conteúdos verbais que não seriam expectáveis ou habituais na criança até então, sendo também importante notar que, por vezes, há mesma indicadores físicos óbvios que devem ser imediatamente atendidos, tais como lesões nas regiões genitais ou mesmo a gravidez na adolescência.
Importa ainda perceber que a criança/jovem tende a acabar por se sentir culpada, ou por ter contado ou por não ter contado no tempo dos adultos, o que tem também em si uma dimensão retraumatizante, sendo fundamental que possa dispor de um espaço terapêutico de confiança onde possa se sentir compreendida e onde possa elaborar tais sentimentos.
Caso observe alguns destes indicadores ou a conjugação de múltiplos fatores deve procurar de imediato uma avaliação técnica especializada e não assumir de imediato conclusões que poderão, ou não, ser precipitadas, mas que podem também ter um potencial traumático, pois existem diversos elementos e indicadores que podem apenas revelar situações desenvolvimentais e não necessariamente abusivas e/ou criminais.
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