A exposição das crianças aos ecrãs

3/20/20212 min read

Os ecrãs são cada vez mais uma presença assídua nos nossos dias.

Contudo, quando a sua utilização é feita por crianças, esta mesma utilização pode tornar-se nociva para o seu desenvolvimento, principalmente se não for orientada de uma forma positiva e consciente por parte dos pais/cuidadores.

Também nós adultos dispomos de grande parte do nosso tempo livre na utilização de ecrãs, esquecendo-nos que os nossos filhos estão atentos àqueles que são o seu maior exemplo: os pais/cuidadores e, assim sendo, mais importante do que eles fazerem aquilo que lhes pedimos, é eles fazerem o que os pais fazem.

A expoisção das crianças aos ecrãs
A expoisção das crianças aos ecrãs

ARTIGO DESENVOLVIDO PELA

Dra. Daniela Morbey

Dra. Daniela Morbey
Dra. Daniela Morbey

Por vezes, é possível observarmos crianças (e até mesmo bebés) entretidas com um tablet/smartphone, o que permite aos pais poderem respirar um pouco de toda a azáfama do dia. Outras vezes, vemos os membros do agregado familiar encantados com a facilidade com as crianças conseguem aprender a mexer nos ecrãs, parecendo que até já nascem ensinadas. Mas, teremos nós noção dos impactos que esta utilização terá no seu desenvolvimento?

Sendo a primeira infância um período de rápido desenvolvimento, no qual se formam os hábitos e rotinas da criança, os comportamentos e as dinâmicas familiares desenvolvidas no início da vida, irão ter impacto na vida futura.

Impacto na vida futura.
Impacto na vida futura.

A OMS defende que as crianças se devem sentar menos e brincar mais, existindo a indicação de que as crianças até aos 2 anos não devem ter qualquer contacto com os ecrãs, e que, entre os 2 e os 5 anos a sua utilização não deve exceder uma hora diária, sempre com a supervisão de um adulto.

Estudos recomendam que as crianças não tenham acesso aos ecrãs antes de irem para escola, uma vez que irá comprometer as suas capacidades de concentração e de aprendizagem; durante as refeições; nos convívios com os pares/família; e, antes de ir dormir.

Torna-se assim importante que consigamos limitar o tempo de utilização dos ecrãs, estabelecendo um horário adequado a cada faixa etária; não devendo recorrer à sua utilização como forma de controlarmos os comportamentos e emoções das crianças.

Conseguimos então mudar os padrões? O apoio psicológico poderá ser um bom aliado nesta adaptação às novas rotinas.

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